Continente
Continente é uma massa de terra coberta por diversos tipos de vegetações e cercada por água. É semelhante a uma ilha, com a diferença de ser bem maior. Como a ilha mais extensa da Terra é a groenlândia, qualquer espaço maior que esta é considerado um continente. Também pode-se considerar que um continente seja um conjunto de países, como a Oceania, formada apenas por arquipélagos e ilhas.
Atualmente, a Terra é o único planeta registrado com oceanos terra, então, só esta tem continentes. Existem dois tipos de continentes:
- físicos: é qualquer massa de terra mais extensa que agroenlândia (isso se a Austrália não for considerada uma ilha).
- políticos: é um conjunto de países em uma certa região do mundo que podem conter arquipélagos ou ilhas fora de seu território.
A seguir a lista dos continentes em sua definição mais abrangente:
- físicos: América,Eurafrásia,Austrália e Antártida
- políticos: América, Europa,Ásia,África,Oceania e Antártida
Os continentes políticos nem sempre são somente os que foram citados acima, sendo que a América é frequentemente dividida em duas partes: a e América do Nort a América do Sul, visto que muitas vezes a América Central
e arquipélago do Caribe são considerados ainda outras subdivisões do continente.
O termo "Eurafrásia" é incomum, mas é o mais correto para se referir à grande massa de terra é subdividida em Europa, África e Ásia, visto que a Ásia e a Europa se separam pelos montes Urais
e a África se separa da Ásia pelo Canal de Suez; nenhuma dessas regiões são oceanos, e portanto, a Eurafrásia é o único continente físico que pode existir na região. Apesar disso, muitos consideram que a África e Ásia estão suficientemente separados, pois pode-se perceber claramente ao olhar no mapa que não há terra que junte os continentes e a parte do Canal de Suez é mínima, diferente do que acontece entre a Europa e a Ásia; por isso foi criado o termo Eurásia
(Europa e Ásia), para se referir a esses continentes políticos como um só continente físico separado da África.
Há também os Supercontinentes, que são os mesmos continentes atuais, bilhões de anos no passado, quando tinham outra forma. Visite o artigo principal a cima para ler mais sobre tal assunto.
Mapa da Terra com os continentes
Continente Americano
Indústria:
As atividades industriais restringem-se ao beneficiamento de produtos agrícolas para exportação e a produção de bens de consumo e materiais de construção destinados a uso doméstico. Já a indústria de transformação é representada por fábricas de produtos alimentícios, bebidas, cigarros, tecidos, sapatos, produtos químicos e farmacêutico. O país mais industrializado da região é El Salvador.
História :
Período pré-colombiano: Na América Central, especialmente na Guatemala, Belize, do S no México e o N da península de Yucatán ( já na América d Norte), floresceu uma das mais notáveis civilizações indígenas: a civilização maia, cujo adiantamento do campo das ciências e das artes, bem como no âmbito da organização política. Social e religiosa, é universalmente conhecido. A história doa quíchuas, que falavam um dialeto maia, foi preservada no Popol Vuh , obra escrita por uma nativo pouco depois da conquista espanhola, e a dos maias e chorotegas, que haviam na região localizada junto à fronteira entre Honduras e Guatemala, pode ser reconstituída a partir de documentos arqueológicos gravados em pedras. Além desse outros povos que tiveram civilizações avançadas na região foram os toltecas e os cackiquelos.
Conquista: O litoral atlântico começou a ser explorado após a Quarta viagem de Cristóvão Colombo (1502), que ele tomou posse em nome da coroa espanhola. Vasco Núñez de Balboa descobriu o Pacífico a 25 de Setembro de 1513. Gaspar de Espinosa, Juan de Castañeda, Fernando Ponce e Gil González Dávila prosseguiram no reconhecimento do litoral. A conquista da região foi, porém, empresa de Hernán Cortés, Pedro de Alvarado, Pedro Arías de Ávila (Pedrarías), Cristóvão de Olid, Francisco de Montejo, Álvaro de Cáceres , Fernando Sánchez de Badajoz, Francisco Fernández de Córdoba, Diego de Nicuesa e Juan Vázques de Coronado. Mas a vitoria final foi alcança da em 1526 por Alvarado, que aprisiono dois monarcas indígenas, tirando-lhes a resistência. A conquista espiritual, completando a façanha militar, foi obra do frei Bartolomeu de Las Casas e outros religiosos.
Colonização: Santiago de los Caballeros de Guatemala, fundado a 25 de julho de 1524 por Alvarado, foi o primeiro núcleo urbano da região, a cidade de San salvador é de 1525. Durante o período colonial, toda a América Central estava incluída na Capitania Geral da Guatemala, que por sua vez integrava o Vice-Reinado do México, denominado Nova Espanha. Em conseqüência a expansão colonial surgiram na região diversos núcleos demográficos (Honduras, León, Granada, San Gil de Buena Vista, Gracias a Dios, Panamá, Nova Valladolid, Cartago, Ciudad Real e Tegucigalpa). A rivalidade entre os conquistadores resultou em sangrentos conflitos, enquanto corsários e piratas intranquilizavam constantemente a capitania. Os ingleses estabeleceram-se na costa atlântica, com feitorias, para a exploração de pau-campeche, constituindo a colônia de Belize, apesar de esforços feitos pelos espanhóis para recuperar a região.
A consciência autonomista começou a formar-se na Segunda metade do séc. XVIII, mas somente se concretizou politicamente na terceira década do séc. XIX, com a constituição da Federação Centro-Americana.
América do Norte
Parte norte do continente americano que compreende a Roland, Canadá, EUA e México. Ë limitada ao N pelo oceano Ártico, e W pelo oceano Pacífico e mar de Bering, a E pelo Atlântico e a SE pelo golfo do México e mar das Antilhas (Caribe). Ocupa uma área de 23.487.409km². A população estimada, para meados dos anos 80 cerca de 340 milhões de habitantes. Tem forma quase triangular, com a maior largura no EUA e Canadá.
Geografia:
Geologia e relevo: Seu relevo relativamente simples, com dois sistemas montanhosos disposto mais ou menos paralelamente às costas oriental e ocidental: os montes Apalaches ou Alegânis e as Cordilheiras Ocidentais. Do ponto de vista geológico e fisiográfico, divide-se em cinco áreas relativamente homogêneas : montes Apalaches ou Alegânis, Cordilheiras Ocidentais, Planície, Escudo Canadense e Planície Costeira.
Hidrografia: Acha-se em estreita relação com as regiões morfológicas. A Planície Central, é a que apresenta drenagem mais ampla, é para as vertentes do Atlântico e do Pacífico afluem rios mais curtos, em virtude da proximidade das montanhas em relação ao litoral. Os Grandes Lagos, na fronteira dos EUA com o Canadá, constituem um dos elementos característicos da hidrografia.
Clima: As características climáticas são bastante diversificadas. A conformação maciça da região exerce grande influência sobre a migração dos centros de altas e baixas pressões e o deslocamento deste, no inverno e no verão, condicionando diferentes regimes de vento.
Flora : A coberta florística é condicionada pelo clima e pela disposição do relevo. Na parte N da região estende-se a tundra (musgos e líquens). A W do Grandes Lagos, a floresta desaparece dando lugar às estepes ou pradarias. Ao S do Canadá, às coníferas se associam a bétula, o álamo, a faia e o bordo. E na região da Grande Bacia, possui vegetação característica do deserto. No México, à medida que se avança para o litoral, passam a predominar as florestas.
Fauna: Sendo bastante variada também é condicionada pelo clima e outros fatores. São relativamente pouco numerosa as espécies existentes na região Ártica, onde se destacam o caribu, o boi almiscarado, o urso polar, a raposa ártica, além de lebres, mosquitos e diversa variedade de aves migratórias. Na faixa subártica, os carnívoros mais comum são os ursos pretos, o lince, a raposa e o lobo. Na floresta oriental e na planície costeira encontram-se veados, raposas, ratos almiscarados, esquilos, coelho, além de gaviões, insetos e répteis. Já a fauna do deserto é pobre, sendo os típicos as raposas, serpentes e lagartos. E a floresta tropical e habitada principalmente por macacos, esquilos, formigas, cobras e uma enorme variedade de aves.
População:
A América do Norte, tem cerca de 7% porcento da população mundial, e é a região mais povoada do continente americano, mas apresenta densidade demográfica inferior à média mundial.
Composição étnica: Cerca de 44% da população do Canadá são de origem britânica, 305 de origem francesa, enquanto 10% classificam-se como descendentes de alemães, escandinavos e ucranianos; os nativos compreendem os índios e os esquimós, que representam um pouco mais de 1%. E já nos EUA a população apresenta o seguinte: 88,6% de brancos, 10,5% de negros e o restante de índios e outros. Quanto a população mexicana 30% são índios puros, 15% brancos e 55% mestiços. O numero de índios estimados no tempo de Colombo era em cerca de 1.000.000 na região ao N do México e cerca de 5.000.000 na área correspondente aos territórios do México e da América Central. Após a chegada dos europeus, esse números caíram acentuadamente, por causa das enfermidades e às guerra com colonizares . mas desde do séc. XX a população indígena tem crescido, e alguma tribos, como a dos navajos, eram mais numerosas em 1960 do que no tempo da descoberta. Do ponto de vista antropológico, os índios norte-americanos não possuem tipo físico uniforme, mas são basicamente mongoloides.
Línguas e religiões: Nos EUA e no Canadá, a maioria da população fala inglês e segue numerosas seitas protestantes, mas o francês é o idioma de cerca de 30% dos canadenses, que em regra filiam o catolicismo, nos EUA os católicos atingem cerca de 50.000.000 hab. No México quase toda a população fala língua espanhola e segue o catolicismo. Vários grupos nativos da região também falam o inglês, o francês e sua língua de origem.
Povoamento e imigração: Entre os séc. XVI e séc. XVII, foi povoada por europeus que fixaram em diferentes áreas. Tais povoadores como os franceses, ingleses e espanhóis encontraram na região habitadas por povos mongoloides., bastante diferenciados por sua civilização e modo de vida.
A necessidade de mão-de-obra agrícola fez com que, nas vizinhanças do golfo do México, fossem introduzidos numerosos negros, trazidos da África, como escravos. E no decorre do séc. XIX, milhões de imigrantes afluíram para o continente, contribuindo para o rápido povoamento das áreas centro-ocidentais. Sendo a maioria da Europa, passando a constituis substancial parcela da população dos EUA, embora também se tivessem fixado no Canadá. E região recebeu também imigrantes asiáticos, que sobretudo se localizaram na Califórnia.
Demografia:
Os habitantes acham-se distribuídos de maneira bastante irregular; áreas densamente povoadas contrastam cm outras rarefeitas, muitas vezes desérticas, podendo-se correlacionar essa disposição às condições de meio físico e à disponibilidade de recursos naturais.
No período colonial foram fundadas várias cidades ao longos da costa atlântica, onde surgiram Boston, Filadélfia, Nova York e outros centro urbanos. No intervalo das duas guerras mundiais, foi espantoso o surto de urbanização nos EUA, onde, já em 1930, a população citadina predominava sobre a rural.
A posição geográfica desempenhou importante papel como fator condicionante do aparecimento dos centro urbanos.
Economia:
A superabundância de recursos naturais encontrados pelos colonizadores foi objeto, durante muitos séculos, de uma exploração predatória. Somente em meados ao séc. XX, os governos dos EUA e Canadá adotaram medidas visando à conservação da natureza e criando departamento para estudar o problema.
Águas: Na América do Norte, como em outra regiões do mundo, os recursos hidráulicos servem a diversas finalidades, tais como uso doméstico, irrigação, indústria, transporte e produção de energia elétrica. O consumo de água da região tem-se expandido rapidamente , devido principalmente ao aumento da população e ao crescimento industrial. Em conseqüência, tem-se registrado escassez da água em diversas áreas, determinada pela falta de chuvas, ou pelo excesso de consumo.
Solo : A geografia dos solos e mais fácil ser entendida através da distribuição da vegetação natural.. a relativa infernalidade tanto das regiões secas quanto nas zonas florestais úmidas é atribuída às condições climáticas e às características do material que os solos são formados.
Minerais: São grandes e variados, a maior parte do minério de ferro da região encontra-se no Escudo Canadense. As jazidas do Escudo Canadense junto com as montanhosas rochosas, desempenha grande papel na economia. O cobre é o mais destacado metal não ferro dos EUA, enquanto no México é a prata. As grandes bacias sedimentares se estendem do oceano Ártico, no N, até a extremidade meridional do México onde são ricas em minerais combustíveis. Numerosa variedade de minérios ocorre na região. Alguns como areia e pedras empregadas nas construções de concreto, existem em quase todas a áreas, mas possuem valor limitado e transporte dispendioso. Outro tais como o ouro e urânio, são mais raros.
Agricultura e pecuária: A atividades ocupam lugar de destaque nessa parte do continente, e uma das áreas mais ricas é o chamado corn belt ( 'cinturão do milho' ), nos EUA. Em complementação ao plantio do milho e outros cereais, desenvolveu-se bastante a pecuária. Uma Segunda área agrícola de importância é o cotton belt ( 'cinturão do algodão'), a maior região produtora de algodão do mundo compreende a quase toda totalidade de nove Estados do Sul do EUA, além de pequenas área de quatro outros. Entre essa duas áreas localiza-se uma região de agricultura diversificada: milho, trigo, aveia, feno, fumo e frutas. as plantações de fumo concentram-se na região centro-oriental dos EUA no vale do Connecticut. As atividades criadas à criação do gado leiteiro destacam-se no NE e junto as Grandes Lagos, onde os solo e a topografia não propiciam a produção de cereais e limitam a utilização de maquinaria. Em toda área W, nas montanhas Rochosas, domina a pecuária de corte, por serem favoráveis as condições de solo, altitude, topografia e clima. As chuvas colaboram para que a criação de gado seja a única fonte segura de renda, pois em grandes partes dessa zona elas são incertas e escassas, assim restringem a agricultura apenas nas faixas irrigadas.
No Canadá as áreas produtoras de cereais representas 70% das terras agrícolas do país, a E das Grandes Planícies, onde a proximidade do centros urbanos, favoreceu a diferenciação de atividades tais como criação de gado, a avicultura, , o cultivo de batatas, legume e frutas. nas províncias do E, o clima temperado é propício à pecuária e à agricultura de batatas, maçãs e outras frutas. Já a norte das regiões agrícolas , as limitações climáticas reduzem as atividades quase que a caça e, no litoral a peca. Os animais de peles valiosas (raposas, martas ) , são os mais visados , sendo que em alguma regiões, até mesmo no Alasca, existem algumas fazendas que se dedicam a criação sistemática dos mesmo.
No México, as condições geográficas também não são muito favoráveis a agricultura, embora por motivos diversos: solos mais pobres e dependendo de irrigação nas terras mais altas, excesso de calor e umidade nas florestas tropicais ...
A cultura do milhos desempenha um papel importantíssimo na economia mexicana, pois pode ser plantado em qualquer solo da região, desde o nível do mar até 3.000m de altitude.
Indústria: A América do Norte é a região mais industrializada da terra. A área metropolitana de Nova York dispõe do maior e melhor porto, por isso, de situação privilegiada. Com a escassez de terras disponíveis , não contam com indústrias pesadas, predominando as têxtil, química, alimentícia e petrolífera. No Canadá em muitas áreas são praticadas a industria extrativa em pontos isolados (petróleo e minas). No México destaca-se a mineração ( prata, principalmente) e a extração de petróleo.
Transportes: Dispõe de um excelente sistema rodo-ferroviário, além de intensa circulação aérea e aquática. No inicio o sistema ferroviário teve destaque no de transporte, que a partir de 1930 acentuou-se uma imensa concorrência das rodovias que cortam o continente em todas as direções. A circulação aquática também assume uma grande importância para os transportes interiores..
Para as imensas e desérticas regiões de N canadense, é atravessada pela rodovia que liga os EUA ao Alasca. A aviação constitui o único meio capaz de atingir rapidamente pontos tão distantes. Já o México tem por centro rodoviário a capital, as ferrovias também tem como centro a capital, a mais antiga é a que faz a conexão com Vera Cruz..
Igualmente desenvolvidos são os transportes aéreos mexicanos, que tem como ponto focal a Cidade do México e alcanças as principais cidades. Sai mias de centenas empresas aéreas e mais de mil aeroportos.
História :
Exploração: Embora navegadores escandinavos tivessem se estabelecido na Groenlândia durante o séc. X e, eventualmente, alcançado a América do Norte por volta de 1000 d. C, esses exploradores em quase nada contribuíram para o conhecimento da região.
Exploração espanholas: Depois que Cristóvão Colombo atingiu as Ilhas Bahamas, em 1492, diversos exploradores espanhóis, iniciaram o devastamento da terras continentais correspondentes á América Central e do Norte. Em 1519, Hernán Cortés iniciou a conquista do México. Seis anos antes, porém, , a Flórida foi contornada por Juan Ponce de León, e no mesmo ano em que Cortés assenhorou-se do México, Alonso de Pineda circundava o golfo do México. Durante os anos de 1524 e 1525 o português Estêvão Gomes, a serviço as Espanha, realizou o percurso desde Grand Banks até a Flórida. Expedições posteriores alcançaram o interior do continente. As primeira expansões espanholas foram completadas em 1542-4, quando Juan Rodríguez Cabrillo e Bartolomé Ferrelo exploraram a costa do Pacífico, desde a baixa Califórnia até um ponto além da latitude 42 N.
Explorações inglesas, francesas e holandesas: Enquanto os espanhóis exploravam as baixas latitudes, outros europeus atingiam as costas ao N. Após a viajem do navegador genovês João Caboto, em 1497, a serviço da Inglaterra, o francês Jacques Cartier subiu o rio São Lourenço a partir de 1534 e Sir Francis Drake explorou o litoral do Pacífico (1578-79) . No inicio do séc. XVII, franceses e bascos estabeleceram-se no golfo de São Lourenço, dedicando-se ao comercio de peles. Mercadores franceses fundaram Port Royal (1605), mas em 1608 Quebec tornou-se o centro comercial de peles, e , a partir desse empório, o governador francês do Canadá, Samuel de Champlain, tentou descobrir uma passagem para o Pacífico. Essa exploração junto com a dos missionários franceses resultaram no devastamento do sistema de São Laurenço- Grandes Lagos (1650). A rivalidades entre franceses e ingleses levaram este último a organizarem a Companhia de Baía de Hudson, depois que essa região tronou-se conhecida através do esforço de exploradores ingleses, entre os quais, sir Martin Frobisher, John Davis e Henry Hudson.
A França, por seu lado, tentava, a todo custo, ampliar sua soberania em terras da América do Norte. M 1671-72, Paul Denis explorou os rios Saguenay e Rupert até a baía de James, enquanto simon François Daumont proclamava a suserania francesa sobre o interior do continente, no salto de Santa Maria (1671) . Em 1673, Louis Jolliet e Jacques Marquete desceram o Mississípi até o Arkansas e, nove ano depois, René Robert Cavelier apoderou-se, em nome da França . de toda região, que denominou Lousiana. Entre as mais notáveis tentativas dos franceses de estabelecerem conexão com as colônias espanholas foram as de Louis Juchereau de Saint-Denis que, partindo de Natchitoches, na Lousiana, alcançou San Juan Bautista, no México(1714); de Bernard de la Harpe ap longo dos rios Red e Arkansas (1719-22); e de Pierre e Paul Mallet, que seguiram o Missouri e voltaram pelo Mississípi ao longo dos rios Arkansas e Canadense. Nas planícies do N coube e Pierre Gaultier de Varennes descobrir ao lagos Winnipeg, Winnipegosis e Manitoba. Além das montanhas Negras.
Enquanto isso, ingleses e holandeses dedicavam-se à exploração das regiões abaixo dos Grandes Lagos a e E do Mississipi. Destacaram-se nessa tarefa Henry Hudson, que descobriu o cale Hudson (1609); James Needham, que explorou os rios Tennessee e Ohio (1673); Arnout Cornelius Viele, que encontrou a junção dos rios Arkansas e Mississipi (1692-94); e Henry Kelsey, Anthony Henday e Samuel Hearne, que vasculharam amplas áreas desconhecidas do interior canadense.
Exploração do Ártico, Noroeste e costa do Pacífico: Exploradores russos demonstraram interesse pela América do Norte no início do séc. XVIII. Vitus Jonassen Bering atravessou o estreito de Bering em 1728, e, juntamente com Alexei Chirikov atingiu o S do Alasca em 1741. Expedições marítimas espanholas exploravam em 1774-75 o litoral da Califórnia até a latitude de 57º N . James Cook realizou o percurso do Oregon até o estreito do Bering (1778), enquanto o padre Silvestre Vélez de Escalante, partindo de Santa Fé, explorou os lagos Utah e Sevier e o alto rio Virgínia (1776-77) . Em 1789, sir Alexander Mackenzie descia o rio Mackenzie até o oceano Ártico e mais tarde (1805) a expedição de Lewis e Clark, após subir o Missouri alcançou a desembocadura no rio Colúmbia. Na primeira metade do séc. XIX, a região ártica foi explorada por diversas expedições, entre elas as de sir John Franklin, John Era, Thomas Simpson, Frederick W. Beechey, William Edward Parry e John Ross, mas somente em 1903 e 1906, Roald Amundsen empreendeu a travessia marítima do Atlântico ao Pacífico pelo N do continente.
Colonização europeia: Embora comerciantes suecos, holandeses e russos tivessem estabelecido colônias na América do Norte no séc. XVII, sua contribuição à colonização da região foi pequena comparada com as dos espanhóis, franceses e ingleses.
Coube ao vice-reinado da Nova Espanha, instituído em 1535, velar pelas aquisições territoriais espanholas na área das Antilhas e do continente, ao N do istmo do Panamá. Os espanhóis avançaram ara o N e em 1560 tomaram a Flórida aos huguenotes. Os esforços dos missionários na Virgínia fracassaram, mas as missões enviadas ao litoral da Geórgia e Carolina obtiveram êxito. No final do séc. XVI, Juan de Onate colonizou o Novo México, e Santa Fé foi estabelecida em 1610. No séc. XVIII, os espanhóis expandiram sua fronteiras do Pacífico, de Sonora até a baía de São Francisco.
Os colonizadores ingleses que se estabeleceram no litoral atlântico, desde Maine até Geórgia, dedicaram-se à agricultura, comércio, pesca e construção naval. Durante a década de 1630, numerosos imigrantes puritanos chegaram a Massachusetts e daí espalharam-se por Connecticut, Rhode Island e New Hampshire. O desenvolvimento da Pensilvânia iniciou-se em 1682, com a chegada de imigrantes quakers. No séc. XVII, milhares de escravos africanos foram introduzidos no S, e no séc. XVIII estabeleceram-se correntes migratórias procedentes da Irlanda, Escócia, País de Gales e Alemanha. Por volta de 1760, as colônias britânicas da América do Norte já estavam com cerca de 2.000.000 hab. Numerosos fatores, com relação com os índios, a política ocupação das terras e a fertilidade dos solos, modificaram a colonização, que se caracterizou, no séc. XIX, pela expansão das fronteiras agrícolas, com o estabelecimento de núcleos pioneiros em Oregon, Utah e Califórnia e a ocupação das altas planícies, e pelas descobertas das minas de ouro e prata na Califórnia.
Os estabelecimento franceses desenvolveram-se na Nova França (Canadá ) e na Acádia ( litoral da Nova Escócia) . devido à ineficiência da administração privada, a coroa francesa assumiu o controlo direito da Nova França, em 1663, expandindo-a, em seguida, ao longo do São Lourenço. A Acádia, com seu pequeno número de colonos franceses, passou, em 1713, ao controle da Inglaterra. Estabelecida em 1699, a Louisiana desenvolveu-se sob a administração de um mercador e mais tarde em Companhia das Índias Ocidentais, tornando-se província real em 1731. Mas ingleses e irlandeses também participaram da colonização da Nova França. Imigrantes procedentes comunidades em Quebec e Montreal, enquanto a revolução americana levou numeroso legalista , as se transferirem para o alto Canadá.
Principais modificações territoriais: Os monarcas europeus entenderam que sua sobrevivência estendia-se a seus súditos estabelecimentos no Novo Mundo , e por esse motivo as guerras europeias e as rivalidades na América produziam modificações territoriais na região. Em 1664, a Inglaterra ocupou a Nova Holanda e em 1713 adquiriu as possessões francesas da Acádia, terra Nova e Terra de Rupert. Meio século depois, a França cedeu toda a faixa continental e E do Mississipi à Grã-Bretanha e a W deste rio a Espanha. Esta, por sua vez, entregou a Flórida aos ingleses. Após a revolução americana, os EUA obtivera, o território ao S do Canadá e a E do Mississipi, enquanto a Espanha recuperava a Florida (1783).
Napoleão tomou a Louisina à Espanha mas logo vendeu-a aos EUA(1803). Pelo tratado de 1819, a Espanha transferiu a Flórida aos EUA, os quais acabaram aceitando o Texas em mãos dos espanhóis. Após a desintegração do império espanhol na América, colonos estadunidenses revoltaram-se no Texas (1835), proclamando a república, que foi incorporada aos EUA em 1845. Depois de uma curta guerra com os EUA, o México renunciou ás suas pretensões ao Texas e cedeu também o Novo México e alta Califórnia.
A fronteira entro os EUA e as províncias britânicas do N foi demarcada ao longo do paralelo 49, de 1818 a 1846. Rússia e Grã-Bretanha estabeleceram a fronteira interior do Alasca em 1825, mas a Rússia vendeu essa região aos EUA em 1867. As principais modificações territoriais nas províncias britânicas ocorreram após 1860, com a incorporação ao Canadá da Nova Escócia e Nova Brunswick (1867), Terra de Rupert (1869), Colúmbia Britânica(1871), ilha do Príncipe Eduardo (1873) e Terra Nova (1949).
América do Sul:
Posso forma triangular, situa-se sua parte mais lagar na zona equatorial enquanto a mais estreita volta-se para o Pólo Sul. Limitada a W pelo oceano Pacífico e a E pelo Atlântico, ocupa uma superfície de cerca de 17.830.000km², o que corresponde a 12% porcento da área terrestre do globo, e sua população era estimada em 270 milhões de habitantes em meados da década de 1980.
Geograficamente a paisagem denominada pela cordilheira do Andes (7.250km² em direção N/S) . O deserto de Atacama no litoral oeste contrasta com regiões de florestas tropicais da Bolívia, brasil, Peru e Equador. É composto por 12 países soberanos ( Argentina, Bolívia, Brasil, Chile, Colômbia, Equador, Guiana, Paraguai, Peru, Suriname, Uruguai e Venezuela) e duas colônias europeias (Guiana Francesa e ilhas Kalkland ou Malvinas, inglesas ).
Geografia:
Estrutura geológica e relevo: Primitivamente ligada África, com a qual provavelmente compunha o continente de Gonduana, de que também faziam parte Madagascar, península Arábica, Índia e Austria, a América do Sul era representada basicamente, por três grandes massas cristalinas, separadas por braços de mares rasos: o escudo Guiano, o escudo Brasileiro e o escudo Patônico.
Os mares epicontinentais situam-se em áreas correspondentes às atuais bacias Platina e Amazônica. Uma vez formada a cordilheira dos Andes, ocorreu quase simultaneamente a regressão dos mares que as partes baixas entre os escudos ou entre estes e os Andes.
Com relação à Bacia Amazônica, o levantamento do bloco andino barrou o escoamento das águas para o W e, com o aumento da sedimentação, a bacia adquiriu um aspecto lagunar. A evolução da sedimentação da bacia do Orinoco não teve sequência muito diferente da bacia Amazônica, sendo certo que sobre o cristalino predominou a sedimentação marinha. Quanto à Planície do Pampa, teve evolução diversa, pois ao que parece, a sedimentação, até o final do Mesozoico, ocorreu em ambiente marinho ou em um conjunto de grandes lagunas. Mas no terciário, com a formação dos Andes, o braço do mar que separava o escudo Patagônico do brasileiro regrediu até que a maior parte da planura pampiana ficou sob o domínio da acumulação continental.
Hidrografia: Os mais importantes sistemas hidrográficos da América do Sul - do Amazonas, do Orinoco e do Paraná - rio da Prata - têm a maior parte de suas bacias de drenagem na planície. Os três sistemas, em conjunto, drenam uma área de cerca de 9.583.000 Km2. a maior parte do lagos da América do Sul localiza-se nos Andes ou ao longo de seu sopé. A mais importante formação lacustre do N é o lago de Maracaibo, na Venezuela, e na costa oriental salienta-se a lagoa dos patos, no Brasil.
Clima: A distribuição das temperaturas médias na região apresentam uma regularidade constante a partir dos 30º de lat. S, quando as isotermas também, cada vez mais, a se confundir com os graus de latitude. Nas latitudes temperadas, os invernos são mais quentes e os verões mais frios do que na América do Norte. A distribuição das chuvas relaciona-se com o regime dos ventos e das massas de ar. Na maior parte da região tropical e E dos Andes, os ventos que sopram do Ne, E e SE carregam umidade do Atlântico, provocando abundante precipitação pluviométrica.
População:
Grupos étnicos: As populações primitivas da América do Sul, os ameríndios, de caracteres antropológicos mongoloides, distribuíam-se no período colonial e grupos. Os conquistadores europeus encontraram esses nativos nos mais diversos estágios de civilização, o que determinou deferentes tipos de reação, que contribuíram, de uma forma ou de outra, para sua conservação ou eliminação.
Na região dominada pelos portugueses, os colonizadores arrebanharam os índios espalhados pelo interior,, levando-os a terras propícias para fundar a colonização.
Com essa obra de conquista veio juntar-se ao indígenas um outro contingente, o branco ibérico principalmente, ajudando assim compor o quadro étnico. Os índios não se adaptaram com o tipo de agricultura imposto, os colonizadores começaram a importa escravos negros africanos, que vieram e constituíram o terceiro elemento da população étnica do sul-americano.
Composição da população: A população branca predomina na região, mas é considerável a percentagem de mestiços, enquanto os indígenas e negros consistem minorias.
Grupos lingüisticos: Além do português e espanhol, a diversos línguas faladas pela imensa maioria da população, grupos lingüisticos aborígines ainda subsistem.
Demografia : A população não se distribui uniformemente, havendo áreas rarefeitas, ao lado de outras de densidade relativamente elevada.
A população sul-americana teve um maior índice de crescimento entre 1920 e 1960, um dos fatore desses aumento foi as migrações que ocorrem desde 1800.
Cidades: As áreas mias densamente povoadas tendem de aumentar sua população mais rapidamente do que as regiões escassamente habitadas. As cidades não somente cresceram em tamanho, mas a proporção também tende de crescer bastante.
Algumas cidades como: Buenos Aries, São Paulo e Rio de Janeiro, alinham-se entra as maiores metrópoles do mundo.
Economia:
Águas: Em virtude da diversidade da topografia a das condições de precipitação pluviométrica, os recursos hidráulicos da região variam enormemente nas diferentes regiões.
Solos: Milhares de quilômetros quadrados de solo escuro, o corem na região da Argentina e Uruguai, onde se encontram os melhores solos do mundo. As terras da bacia Amazônica em geral são pobres, existem solos férteis em pequenas áreas. Mas a infernalidade e a elevada acidez fazem com que a maior parte das terras da planície tropical sejam ruins para a agricultura.
Minerais: O subsolo da região é rico em petróleo. A América do Sul em rica em minério de ferro. Numeroso depósitos têm sido descobertos quase à flor da terra, e podem ser minerados diretamente e a baixos custos. Outro recurso mineral importante é o cobre. A maior parte das reservas de estanho do hemisfério ocidental concentra-se no território boliviano. As minas localizam-se a grandes altitudes nos Andes, e algumas delas são antigas jazidas de prata exauridas nos tempos coloniais.
Agricultura: A maioria da população vive nas proximidades do litoral e por isso grande partes das áreas em que se faz uso intensivo da terra, localiza-se nessa faixa. Menos de 5% das terras são cultivadas, 19% destinam-se a pastagens e 47% são ocupadas por florestas.
A agricultura ainda apresenta grande papel no continente, o mais importante produto é o café. Mas a agriculta, entretanto, não emprega sistemas ou técnicas uniformes para um mesmo produto. A produtividade não apenas varia de país para país mas também apresenta enormes diferenças regionais dentro dos mesmos.
Extrativismo vegetal: Compreende o aproveitamento das áreas florestais do sul do Brasil. A extração de madeira apresenta uma atividade econômica importante . no setor há ainda que salientar o aproveitamento das plantas medicinais e oleaginosas pelo processo de coleta.
Indústria: Quanto as atividades industriais o continente ainda tem todas as características do subdesenvolvimento. O uso das reservas minerais, no que se refere à transformação no próprio país de origem, tem aumentado nas ultimas décadas. Geograficamente, a indústria brasileira concentra-se em torno das cidades de São Paulo, o maior parque fabril das Américas do Sul e Central, no Rio de Janeiro e em Minas Gerais.
O segundo país mais industrializado é a Argentina.
Transporte: O sistema de transporte da região ainda são deficientes, apresentando baixas densidades quilométricas. A região dispões de cerca de 1.700.000k de rodovias e 100.000 km de ferrovias, que se acham concentradas na faixa litorânea, continuando o interior ainda desprovido de comunicação. Possui um dos maiores feixes fluviais navegáveis do mundo. As duas principais frotas mercantes pertence ao Brasil e Argentina. A aviação comercial entrou com um magnifico campo de expansão, pois possui uma das maiores linhas em densidade de tráfego do mundo, Rio-São Paulo , e grandes aeroportos , como o internacional Santos Dumont ( Rio) , Ezeiza (Buenos Aries).
História:
Período pré-colombiano: Homens de origem mongoloide chegaram às Américas há cerca de 20.000 ano, oriundos provavelmente da Sibéria, através do Alasca. Espalharam-se inicialmente pela América do Norte e Central até chegarem a América do Sul entre III e o I milênio a.C. Até recentemente, a população indígena no período pré-colonial, desde o N do México ao extremo meridional da América do Sul, era estimada em 15.000.000 hab. As populações indígenas pertenciam a quatro grupos diferentes: circuncaribe e semi-marginal, centro-andino, tribos marginais e a tribo dos Andes e das florestas tropicais. Dentre os indígenas, somente os chibchas e os incas alcançaram elevado nível de cultura. Os restantes eram atrasados, virando sei grau de civilização do Paleolítico ao Neolítico.
Descobertas, conquista e colonização:
Os espanhóis . Após a primeira viagem de Cristóvão Colombo, que resultou nas descobertas das ilhas Bahamas, Cuba e Haiti, os espanhóis iniciaram a conquista da América Central e das Antilhas. A exploração da América do Sul começou em 1499 com a expedição de Alonso de Ojeda, da qual fazia parte Américo Vespúcio, que percorreu o litoral setentrional da região, desde o estuário do Orinoco até o lago de Maraico. As descrições de Vespúcio e o reconhecimento da América do Sul como uma unidade geográfica levaram o cartografo Martin Waldssemuller a dar o nome de América à região em 1507.
Francisco Pizarro e Diego de Almagro iniciaram, a partir de 1524, a busca de uma terra do ouro das narrativas indígenas chamada Birú(Peru) e, após enfrentar as correntes marítimas e os ventos, atingiram um ponto no território do atual Equador, em 1527, confirmando assim a existência de um império indígena. O peru serviu como núcleo de expansão para o E e N. depois da queda do império inca, Francisco Pizarro encarregou Sebastián de Belacáar de sub julgar o reino de Quito,o que fez com a ajuda de Almagro. O primeiro homem a percorrer o Amazonas até o Atlântico foi Francisco de Arellana.
A outra grande área de exploração, conquista colonização espanhola na América do Sul foi a região do rio Prata. O grande estuário foi descoberto por Juan Díaz de Solís em 1520. Embora a primeira tentativa de colonização em grande escala foi realizada em 1535 por Pedro de Mendoza, que recebeu concessão real de todas as terras entre o rio Prata e o estreito de Magalhães e daí o W até o Pacífico.
Os portugueses
O Brasil foi conquistado e colonizado pelos portugueses, cujas reivindicações territoriais fundamentaram-se no tratado de Tordesilhas(1494). O descobrimento e a posse das terras do Brasil por Pedro Alvares Cabral(1500) coincidiu com o início da exploração, por Portugal, do comércio com a Índia. Embora pouco atraentes do ponto de vista econômico, pois praticamente só dispunham de pau-brasil. Portugal não negligenciou as novas terras incorporadas ao reino.
Uma expedição, comandada por Américo Vespúcio, explorou o litoral(1501-1502), e em 1503 a coroa portuguesa concedeu a Fernando de Noronha o direito de cortar pau-brasil pelo prazo de três anos. Em consequência núcleos de colonização foram fundados em Pernambuco e na Bahia, teve início o cultivo da terra e numerosos cristãos emigraram para o Brasil. Em 1530, o governo de Lisboa enviou uma frota, sob o comando de Martin Afonso de Sousa, com o objetivo de expulsar os franceses, fundar núcleos de colonização, estabelecer novos sistemas e introduzir uma forma de colonização mais adaptada a colônia. Em 1533, D. João III dividiu o Brasil em Capitanias, e entregou a donatários.
Os mesmos gozavam de muitos privilégios, que não atingiu todos seus objetivos. Em 1549, D. João III nomeou Tomé de Souza para o cargo de governador-geral do Brasil. O mesmo fundou a cidade de Salvador, onde estabeleceu a sede do governo e trouxe em sua comitiva um grupo de seis jesuítas que desempenhou importante papel catequético e cultural nos primeiros tempos da colônia. A agricultura passou a ser uma atividade permanente e os produtos eram suficientes para abastecer as necessidades da colônia, logo no entanto os colonos passaram a enfrentar o problema da mão -de- obra, e a escravização indígena mostrava-se insatisfatória, e foram introduzidos escravos negros trazidos da África em grande número durante o período colonial e até mesmo após a independência do Brasil.
Cristóvão Colombo morreu em 1506 convencido de que, após cruzar o Atlântico, havia alcançado as Índias. No entanto, os cientistas europeus da época já não tinham dúvidas de que o território descoberto constituía um continente desconhecido e extraordinariamente complexo, oContinente Americano. Coube ao cosmógrafo alemão Martin Waldseemüller batizar as novas terras com o nome de América, em homenagem ao navegador italiano Américo Vespúcio (Amerigo Vespucci), cujos relatos foram os primeiros a afirmar a existência do "Novo Mundo".
Incluídas as ilhas, a América tem uma superfície superior a 42 milhões de quilômetros quadrados, o que representa a maior massa continental do planeta depois da euroasiática. Entre o extremo setentrional (o cabo Barrow, 72o de latitude N) e o meridional (o cabo Horn, 52o de latitude S), medeia uma distância de mais de 14.000km, embora a disposição do território não siga a linha dos meridianos, porquanto a América do Norte se situa mais para oeste que a do sul. A linha do equador passa ao norte de Quito e atravessa a foz do rio Amazonas, o que significa que a maior parte da América encontra-se no hemisfério norte.
Tradicionalmente distinguem-se dois grandes conjuntos territoriais, os subcontinentes norte-americano e sul-americano, unidos pela série de istmos que compõem a América Central (região do golfo de Tehuantepec, no México, Guatemala, Nicarágua e Panamá) e pelo conjunto de arquipélagos do mar do Caribe. No extremo norte, o continente americano limita-se com o oceano Glacial Ártico; o estreito de Bering, a noroeste, separa-o da Ásia (85km no ponto mais próximo), enquanto a ilha da Groenlândia, a maior do mundo, constitui o limite da América do Norte em seu extremo nordeste. Os oceanos Atlântico e Pacífico separam o Novo Mundo, por leste e oeste, respectivamente, do resto das terras emersas do planeta.
Na América, as costas do Ártico são as mais recortadas, e apresentam grandes baías (Hudson, Baffin), numerosas ilhas (Groenlândia, Banks, Victoria, Melville, Sverdrup, Ellesmere, Devon e Terra de Baffin, entre outras), cabos (Lisburne, Icy, Barrow, Príncipe Alfredo, Columbia e Chidley) e penínsulas (Boothia, Melville, Ungava e Labrador). O litoral do Pacífico, isolado por uma linha contínua de cordilheiras, do extremo norte ao sul, é alto e retilíneo, exceto nas áreas do Canadá (ilhas de Alexandre, Rainha Carlota e Vancouver) e da Patagônia (ilhas de Chiloé, Chonos, Wellington e Santa Inês), onde é possível apreciar as marcas deixadas pela erosão glacial. Outros acidentes costeiros são as penínsulas do Alasca, da Califórnia, e do Taitao; os golfos do Alasca, da Califórnia, do Panamá, de Guayaquil e de Corcovado; e os cabos de Mendoncino, San Lucas, Corrientes, Punta Pariñas, Punta Aguja e Punta Carretas.
A costa atlântica é recortada e profunda ao norte do cabo Hatteras (Estados Unidos), na Venezuela e na Patagônia, e arenosa e retilínea nas demais regiões. As ilhas mais importantes são Terranova, Bermudas, Bahamas, Antilhas e Malvinas. Entre as penínsulas destacam-se as da Nova Escócia, da Flórida e de Yucatán. Os golfos mais importantes são os de São Lourenço, do México, dos Mosquitos, de Darién, da Venezuela, de Bahía Blanca, de San Matías, de San Jorge e de Bahía Grande. Entre os principais estuários destacam-se o do Amazonas e o do rio da Prata. Entre os cabos mais significativos figuram o Hatteras, o Sable, o Catoche, o Gallinas, o de São Roque, o Santa María Grande, Punta del Este, o Tres Puntas e o Horn, que completam a linha costeira ocidental do continente americano.
Veja mais: mapa da américa
Geografia física do Continente Americano
Geologia e relevo. Os primeiros terrenos formaram-se na era paleozóica, em conseqüência dos dobramentos caledoniano e huroniano; data dessa fase geológica o escudo canadense, então unido ao continente Norte-atlântico (Groenlândia, América do Norte, América Central e norte da Europa), e o escudo do Brasil e das Guianas, unido ao continente de Gondwana (América do Sul, África, Índia, Austrália e Antártica). O dobramento herciniano, na última fase da era primária, deu lugar à formação dos montes Apalaches, na região oriental dos Estados Unidos.
Na era mesozóica ocorreu a separação do escudo sul-americano, que se tornou um continente independente. Na era geológica seguinte, a terciária, a América do Norte separou-se da Europa e o novo continente viu-se afetado pelos dobramentos da orogenia alpina, que deram lugar à formação das montanhas Rochosas, das cordilheiras da América Central e dos Andes.
Na parte oriental da América do Norte, o escudo canadense apresenta uma superfície muito erodida, com marcas da ação glacial do quaternário e formações montanhosas baixas na direção nordeste-sudoeste; o monte Mitchel (2.037m) é a maior elevação dos Apalaches. Mais para oeste, no centro do subcontinente, estende-se uma região de grandes planícies, bacias fluviais e, em seguida, uma grande cadeia de montanhas orientada de noroeste a sudeste e constituída por diversos conjuntos. Ao norte acham-se as cordilheiras do Alasca e de Brooks e os montes Mackenzie, nos quais se verificam altitudes elevadas, como os montes McKinley (6.194m), Logan (6.050m) e St. Elias (5.489m). As montanhas Rochosas apresentam várias ramificações (cordilheira Costeira, serra das Cascatas, cadeia Costeira, serra Nevada e cordilheira Wasatch) e planaltos entre as montanhas (Fraser, Columbia, Arizona e Colorado), com alturas superiores a quatro mil metros (Whitney, 4.418m; Rainier, 4.392m; Wilson, 4.342m; Shasta, 4.317m; e Pikes, 4.301m). No México, estendem-se as serras Madre oriental, ocidental e do sul, que bordejam o planalto central mexicano e contam com cumes vulcânicos de grande altura, como o Citlaltépetl (5.610m), o Zinantécatl (4.567m) e o Popocatépetl (5.465m).
Na América Central, a serra Madre do Sul prolonga-se, numa sucessão de planaltos e serras de origem vulcânica, de Oaxaca, no México, até o Panamá, passando pela Guatemala, El Salvador, Nicarágua e Costa Rica. As ilhas do Caribe são montanhosas, embora pouco elevadas; a sua Maestra cubana, com alturas próximas a dois mil metros, e a cordilheira central de La Española (pico Duarte, 3.175m) são as formas de maior destaque no relevo da região. As principais planícies dessas ilhas encontram-se, em geral, na zona costeira.
O subcontinente sul-americano apresenta três grandes zonas estruturais. A parte oriental é constituída por planícies e montanhas muito erodidas: o planalto das Guianas, o planalto brasileiro e a Patagônia. A cordilheira dos Andes, a oeste, estende-se ao longo de todo o subcontinente em vários setores e com diversas ramificações. As cadeias andinas flanqueiam numerosos vales e extensos planaltos interiores, como o altiplano, situado a mais de 3.500m de altura, e a puna de Atacama. Entre os elevados cumes andinos, muitos deles de origem vulcânica, destacam-se o Aconcágua (6.959m), o Ojos del Salado (6.893m), o Huascarán (6.768m), o Llullaillaco (6.723m), o Tupungato (6.650m), o Sajama (6.520m), o Illimani (6.462m), o Coropuna (6.425m) e o Chimborazo (6.267m). Por último, cabe assinalar a presença de grandes extensões planas situadas entre os maciços orientais e as cordilheiras ocidentais. Essas terras baixas, constituídas por sedimentos terciários e quaternários, formam as bacias dos grandes rios sul-americanos: as planícies do Orinoco, a Amazônia e as planícies do Chaco, dos Pampas e da Patagônia.
Clima. A extensão em latitude, as diferentes altitudes e a influência dos ventos e das correntes oceânicas determinam uma grande diversidade climática no continente americano. A partir da linha do equador, os diversos climas se sucedem de forma simétrica em ambos os hemisférios, com importantes variações locais devidas à disposição específica de cada unidade territorial.
O clima equatorial, que apresenta temperaturas altas e constantes e um regime pluviométrico abundante e regular, caracteriza a ampla faixa constituída pela Amazônia e também pelas franjas do litoral sudeste brasileiro, a região oeste da Colômbia, o leste da América Central e as ilhas do Caribe, áreas que recebem a umidade trazida pelos ventos alísios. Nas regiões de planaltos e montanhas situadas ao norte e ao sul da bacia amazônica, nas costas orientais da América Central e nas ilhas do Caribe, aproximadamente entre os 5o e os 25o de latitude N e S, estende-se uma zona de clima tropical quente, com estação úmida no verão e seca no inverno devido à influência dos ventos alísios.
As zonas desérticas da América, muito secas e com grandes diferenças diárias de temperatura, localizam-se basicamente nas planícies costeiras e interiores da vertente do Pacífico; na cordilheira das Cascatas, nas montanhas Rochosas (América do Norte), no litoral norte do Chile e a noroeste e sudeste da Argentina os desertos são frios, enquanto os do planalto mexicano (Sonora, norte de Chihuahua, Coahuila), da península da Califórnia e do litoral peruano são de tipo tropical e subtropical, quentes e secos. Nas áreas de transição entre os desertos e as zonas de clima temperado e mediterrâneo, localizam-se grandes estepes, principalmente nas franjas ocidentais da América do Norte e da Argentina, que apresentam marcantes características de clima continental (aridez e forte oscilação térmica entre o dia e a noite). A região central da planície litorânea chilena, as zonas montanhosas do leste brasileiro e a costa setentrional da Venezuela e da Colômbia também apresentam condições climáticas semelhantes.
O clima subtropical temperado, com inverno seco e verão chuvoso, ocorre em duas extensas zonas de ambos os hemisférios: no norte, na baixa bacia do Mississippi e a sudeste dos Estados Unidos, e ao sul, nas partes central e oriental da Argentina, no Paraguai, no Uruguai e no sul do Brasil. Nas costas do Pacífico situadas em torno dos 35o de latitude N e S, predominam os climas mediterrâneos da Califórnia e do centro do Chile, que se transformam em climas oceânicos temperados-frios nos litorais do noroeste dos Estados Unidos e do oeste do Canadá, no sul do Chile e na Terra do Fogo.
O noroeste dos Estados Unidos e a maior parte do Canadá e do Alasca têm clima de tipo continental, mais frio, e com temperaturas muito baixas nas zonas setentrionais. A franja setentrional da América do Norte e toda a ilha da Groenlândia apresentam clima polar, muito frio e seco.
Além dessa divisão geral em grandes domínios climáticos, cabe assinalar a existência de importantes variações locais determinadas pela altitude. Assim, na cordilheira dos Andes registram-se climas temperados em zonas próximas ao equador, climas áridos e de estepe nos planaltos e climas de montanha nas zonas mais altas. A cadeia das Rochosas e as cordilheiras mexicanas e centro-americanas também apresentam climas de montanha, mais frios que os das baixadas contíguas.
Hidrografia. O continente americano possui grandes bacias fluviais e extensos e numerosos depósitos lacustres. A disposição de suas cordilheiras, situadas principalmente na borda ocidental, determina um maior desenvolvimento das bacias para a vertente do Atlântico, enquanto que, na do Pacífico, os rios são em geral curtos, rápidos e mais irregulares.
Os rios que desembocam no oceano Glacial Ártico são caudalosos, mas congelam-se durante o inverno, o que limita as possibilidades de navegação; entre eles destacam-se o Yukon e o Mackenzie, este último alimentado por vários lagos e, em menor escala, o Back e uma série de rios pequenos que desembocam na baía de Hudson: o Chesterfield, o Churchill, o Nelson, o Hayes, o Severn e o Albany.
A vertente do Atlântico recolhe as águas procedentes das altas cordilheiras ocidentais (montanhas Rochosas, Andes), formando rios e lagos caudalosos. Na região dos grandes lagos norte-americanos nascem o São Lourenço, com grande capacidade hidrelétrica e de transporte, e o Hudson. O Mississippi, com 3.779km de extensão, recebe as águas da vertente oriental das Rochosas (Missouri, Platte, Arkansas, Canadian, Vermelho) e da vertente ocidental dos Apalaches (Ohio, Tennessee), o que configura um leito navegável de várias centenas de quilômetros. O rio Bravo, ou Grande do Norte, formado pela confluência dos rios Conchos e Pecos, constitui a fronteira natural entre os Estados Unidos e o México. Nesse último país e na América Central os rios são mais curtos. Destacam-se o Pánuco, o Papaloapan e o Usumacinta, no México; o Motágua, na Guatemala; o Patuca, em Honduras; o Coco, na fronteira entre Honduras e Nicarágua e o Grande, na Nicarágua.
A vertente oriental da América do Sul beneficia-se da altitude dos Andes e do regime pluviométrico equatorial e tropical que domina a maior parte do território. O Magdalena (Colômbia) e o Orinoco (Venezuela) são os principais rios do norte desse subcontinente. Um pouco mais ao sul da linha do equador corre o Amazonas, maior rio do mundo em volume d,água e que apresenta também a maior bacia hidrográfica do planeta. Os rios Negro, Putumayo, Marañón, Purus, Madeira, Tapajós e Xingu são seus principais afluentes.
O Parnaíba e o São Francisco constituem os principais rios do planalto Brasileiro, juntamente com o Tocantins (que desemboca no grande delta do Amazonas) e o Paraná, Paraguai e Uruguai, que formam o amplo e profundo estuário do rio da Prata. O leito do Paraná-Paraguai é navegável até Corrientes, onde os dois rios se unem. A cordilheira da Patagônia dá origem ao Colorado, ao Negro e ao Chubut.
Ao contrário do que ocorre na vertente atlântica, na costa do Pacífico poucos rios alcançam um caudal ou uma extensão dignos de nota. Os mais importantes encontram-se na América do Norte: o Fraser, no Canadá; o Columbia e seu afluente, o Snake, e o Colorado, que percorre o Grande Canyon, nos Estados Unidos.
Os depósitos lacustres são muito numerosos na América do Norte. No Canadá encontram-se os lagos glaciais do Urso, dos Escravos, o Athabasca, o Wollaston, o Reindeer, o Southern Indian, o Winnipeg e o Manitoba. Na fronteira entre o Canadá e os Estados Unidos situam-se os cinco grandes lagos, denominados Superior, Michigan, Huron, Erie e Ontario; em Utah (oeste dos Estados Unidos) encontra-se o Grande Lago Salgado. No México destaca-se o lago de Chapala e na América Central os de Nicarágua e Manágua, ambos na Nicarágua, e o de Gatún, no Panamá, atravessado pelo canal que liga o Atlântico ao Pacífico. No planalto andino encontram-se os lagos mais altos do mundo, o Titicaca (3.810m de altitude) e o Poopó (3.686m). Finalmente, o lago Mar Chiquita, na Argentina, e a lagoa dos Patos, no sul do Brasil, constituem as principais bacias interiores do cone sul do continente americano.
Flora e fauna. O isolamento da América em relação ao resto do mundo, durante milênios, determinou o desenvolvimento de numerosas espécies vegetais e animais autóctones, assim como a ausência de outras, que foram introduzidas após a colonização européia (o cavalo, o porco e o boi, entre outros).
Na parte setentrional encontram-se a tundra, região de clima frio caracterizada por apresentar uma vegetação de bétulas e salgueiros anões, musgos e líquens e uma fauna de renas, raposas azuis, ursos polares e focas. A taiga, que se estende pela maior parte do Canadá, é composta principalmente por bosques de coníferas (pinheiros, ciprestes, abetos, cedros e lariços) e habitada sobretudo por mamíferos de grande porte, como o cervo, o urso cinzento e o alce.
As zonas temperadas do leste norte-americano caracterizam-se pela presença de bosques de árvores caducifólias e coníferas, cuja densidade cresce nos setores leste e sudeste. A planície central do subcontinente é ocupada em sua maior parte por pradarias, com vegetação herbácea de gramíneas de baixa altura e habitada por uma fauna típica de bisões, cervos, pumas e roedores. No setor árido, a oeste, predomina a vegetação de cactos e de arbustos de deserto e de estepe, com diversas espécies de roedores, répteis e caçadores, como o coiote e a raposa.
Nas zonas tropicais da América Central, das Antilhas, da América do Sul e, sobretudo, da bacia amazônica, estende-se a maior região de selva virgem do planeta, com uma vegetação exuberante de floresta tropical úmida. A fauna dessas regiões caracteriza-se pela menor abundância de mamíferos (onça, puma, anta) e pelo predomínio das aves (tucanos, papagaios), répteis e insetos.
As planícies e os planaltos da Venezuela e do Brasil são o domínio das savanas de gramíneas e bulbosas, que se tornam mais áridas na caatinga brasileira (na ponta oriental do subcontinente) e nos litorais venezuelano e colombiano (plantas espinhosas, cactos e acácias). No Sul do Brasil, no Uruguai e no leste da Argentina estendem-se os pampas, região de vegetação estépica úmida que diminui progressivamente na direção oeste, até ser substituída pela vegetação desértica.
A cordilheira dos Andes tem três tipos básicos de formação vegetal: o bosque úmido e denso da região equatorial, as punas e páramos dos planaltos centrais, onde vivem o lhama, a vicunha, a alpaca e o condor, e os bosques úmidos do centro e sul do Chile, com espécies de folhas perenes e caducifólias (araucária, faia, cedro). Nas zonas desérticas, como Atacama, e nos altos cumes das cordilheiras, cobertos por neves perpétuas, as formas de vida vegetal e animal são quase inexistentes.
População do Continente Americano
As principais características da estrutura demográfica do continente americano são a baixa densidade média de população e a forma desigual como se distribui. Durante o século XX, os habitantes do continente concentraram-se de modo crescente nas cidades, tanto na América do Norte quanto na Central e na do Sul, o que deixou grandes espaços interiores com escassa ou nenhuma população.
A exemplo de outros aspectos históricos e humanos, a América do Norte e a Latina apresentam modelos demográficos muito diferenciados. Nos Estados Unidos e no Canadá o crescimento da população reduziu-se muito nas últimas décadas do século XX, em conseqüência da elevação do nível de vida e das restrições à imigração decretadas após a segunda guerra mundial. A população concentra-se principalmente nas cidades da costa oeste (Seattle, Vancouver, San Francisco, Los Angeles, San Diego), na região dos grandes lagos (Milwaukee, Chicago, Detroit, Cleveland, Buffalo, Toronto), nas extensas bacias do Mississippi e do Missouri (Minneapolis, Memphis, Kansas City, Saint Louis, Indianápolis) e, sobretudo, no litoral nordeste dos Estados Unidos, onde se encontra um conjunto urbano de aproximadamente mil quilômetros entre Boston e Richmond, com grandes cidades como Nova York, Filadélfia, Baltimore e Washington. As regiões frias do Canadá e do Alasca, as montanhas Rochosas e a grande planície dos Estados Unidos são as zonas menos povoadas do subcontinente; as cidades do sul e do sudeste (Houston, Nova Orleans, Atlanta, Miami) têm recebido grande número de imigrantes internos, a exemplo do que ocorre na costa da Califórnia.
Na América Latina ocorrem taxas de crescimento vegetativo muito elevadas em virtude da conjugação de índices de natalidade muito altos com índices de mortalidade relativamente baixos, próximos aos dos países desenvolvidos. As densidades demográficas são, em geral, baixas devido à existência de grandes territórios quase desabitados (selvas virgens, montanhas, desertos e estepes áridas); além disso, a população tende a abandonar o campo e a se concentrar nas grandes capitais e nos centros urbanos regionais que, em muitos casos, abrigam a maior parte dos habitantes dos respectivos países. Tal fenômeno de "macrocefalia" ocorre principalmente no planalto mexicano (Cidade do México, Puebla, Guadalajara, Monterrey), na América Central (Guatemala, San Salvador, Tegucigalpa, Manágua, São José da Costa Rica, Cidade do Panamá), na região costeira da Venezuela (Caracas, Maracaibo), em vários conglomerados urbanos do Brasil (São Paulo, Rio de Janeiro, Salvador, Belo Horizonte, Curitiba, Recife, Porto Alegre) e no estuário do rio da Prata (Montevidéu e Buenos Aires).
Outros núcleos urbanos importantes são Tampico e Veracruz, no golfo do México; Havana, em Cuba; Medellín, Bogotá, Quito e Guayaquil, na zona andina da Colômbia e do Equador; Callao e Lima, no Peru; La Paz, Sucre e Potosí, no planalto boliviano; Santiago, no Chile; e algumas outras cidades situadas no interior da América do Sul, como Manaus e Brasília, no Brasil, e Córdoba, Santa Fé e Rosário, na Argentina.
A expansão acelerada da população urbana na América Latina, devido tanto ao crescimento natural das cidades quanto ao êxodo rural, tem causado graves problemas -- como o desemprego, o déficit habitacional, as deficiências alimentares e a carência de serviços sociais -- em muitos desses centros. A Cidade do México, o Rio de Janeiro e Buenos Aires são exemplos de um tipo de crescimento urbano desordenado que não conseguiu estabelecer uma relação econômica adequada com os territórios circundantes.
Etnografia. Do ponto de vista etnográfico, a população americana é composta por três grandes grupos humanos: os ameríndios, divididos em várias sub-raças; os brancos, originários de diferentes pontos da Europa; e os negros, descendentes dos escravos procedentes da África.
Os índios americanos constituem hoje uma minoria no conjunto do continente, embora hajam sobrevivido em estado puro ou com diversos graus de mestiçagem no Canadá, nas reservas dos Estados Unidos e em quase toda a América Latina.
Cerca da metade da população canadense é de origem inglesa e aproximadamente trinta por cento de origem francesa; o restante é constituído por descendentes de imigrantes europeus de outras nacionalidades e por uma reduzida porcentagem de indígenas e esquimós. A maioria dos habitantes dos Estados Unidos são brancos, sobretudo de origem anglo-saxônica; os negros constituem cerca de 12,5% da população, que inclui ainda importantes minorias de hispânicos (principalmente latino-americanos), asiáticos e judeus.
Índios e brancos coexistem no território mexicano, embora a maior parte da população seja composta por mestiços, com variáveis níveis de cruzamento entre as raças. A América Central é habitada por brancos, negros, índios e mestiços, à exceção da Costa Rica, povoada quase que exclusivamente por brancos. Nas Antilhas a população indígena desapareceu nos primeiros séculos da colonização; isso fez com que a maior parte da população atual seja composta por brancos, negros e mulatos.
Apesar da mortandade maciça de índios, em conseqüência das epidemias trazidas do Velho Mundo e dos trabalhos forçados impostos pelos colonizadores, a população indígena e mestiça da América do Sul continua sendo majoritária na Colômbia (chibchas), no Equador, no Peru, na Bolívia (quêchuas e aimarás) e no Paraguai (guaranis), além de manter importantes redutos na Venezuela, nas Guianas, no Chile e na Terra do Fogo. A população negra e mulata é importante no Brasil e predomina nas Guianas, enquanto os brancos são maioria no Chile, na Argentina, no Uruguai e, em menor proporção, no Brasil.
A América se divide em duas grandes áreas lingüísticas: a América anglo-saxônica, constituída pelos Estados Unidos e pela maior parte do Canadá, e a América Latina (espanhola e portuguesa), que abrange desde o México até o extremo meridional da América do Sul. O espanhol é falado em vários pontos dos Estados Unidos (população de origem hispânica), no México, na América Central, nas principais ilhas do Caribe (Cuba, República Dominicana e Porto Rico) e em toda a América do Sul, à exceção das Guianas (que utilizam o inglês, o francês e o holandês) e do Brasil, onde se fala o português. O inglês é a língua oficial dos Estados Unidos e do Canadá, de alguns países da América Central e das Antilhas (Belize, Jamaica e diversas ilhas menores) e da Guiana. Além desses grandes grupos lingüísticos, cabe assinalar a presença de outros idiomas de menor uso: o francês, no leste do Canadá (Quebec e Nova Brunswick), no Haiti, nas Antilhas francesas e na Guiana Francesa; o holandês, no Suriname, e diversas línguas ameríndias no Canadá (esquimó e atapasco), Estados Unidos (sioux, atapasco etc.), México (náuatle e maia, principalmente), Colômbia (chibcha), Andes setentrionais e centrais (quíchua e aimará), Amazônia (aruaque, tupi-guarani), Paraguai (guarani) e sul do Chile (mapuche).
Religião. Predomina na América o cristianismo. A Igreja Católica está amplamente difundida em todo o continente, sendo a religião majoritária na América Latina; as diversas confissões protestantes dominam nas áreas de cultura anglo-saxônica, se bem que mescladas com numerosos grupos católicos. Além do cristianismo, nas zonas de forte população indígena e negra persistem os cultos ancestrais, indígenas ou trazidos da África, misturados em parte com elementos da tradição cristã e que dão lugar ocasionalmente a ritos sincréticos de manifestações singulares, como o vodu e o candomblé.
Economia do Continente Americano
A América é um continente muito rico, embora grande parte de seus recursos ainda permaneçam inexplorados. Tal riqueza, no entanto, encontra-se repartida de maneira bastante desigual, tanto no interior de cada país, quanto no conjunto do continente. Os Estados Unidos e o Canadá, por exemplo, apresentam uma economia avançada e muito industrializada, enquanto grande parte da América Latina permanece em situação de subdesenvolvimento e dependência comercial e financeira. Os Estados Unidos, com enormes recursos minerais e energéticos, agricultura especializada, apurada tecnologia e avançada indústria, controlam os mercados mundiais de importantes produtos agrícolas, minerais e industrializados. Da mesma forma, o "colosso do norte" exerce tutela econômica sobre muitos países latino-americanos cujo comércio exterior baseia-se na troca de matérias-primas (agrícolas e minerais) por produtos industrializados.
A atividade agropecuária apresenta níveis de desenvolvimento semelhantes no Canadá e nos Estados Unidos, embora a produção seja muito maior neste último país, devido tanto ao clima temperado que domina a maior parte de seu território quanto à qualidade dos solos, ricos em matéria orgânica, e ao caráter industrial das plantações, extensas e muito mecanizadas. Destacam-se, sobretudo, as grandes plantações de trigo (que proporcionam colheitas de primavera e de inverno), milho, algodão e, em menor escala, aveia, cevada, arroz, leguminosas, linho, soja, tabaco, hortaliças, frutas etc. Os rebanhos de ovinos e suínos alcançam grande rendimento nas fazendas americanas e canadenses, embora os maiores índices de produtividade pertençam ao gado bovino, criado de forma industrial no sudeste do Canadá e nas regiões centro, noroeste e sudeste dos Estados Unidos. A silvicultura e a pesca também constituem importantes fontes de matérias-primas para a indústria e para as exportações de ambos os países.
Já na América Latina, as profundas distorções existentes na estrutura da propriedade agrária e as técnicas agrícolas antiquadas constituem sério entrave ao desenvolvimento e à diversificação da atividade agropecuária, o que obriga quase todos os países a importar grande quantidade de produtos alimentícios. O México, que exporta algodão e sisal, produz grandes safras de trigo, milho e outros cereais. Na América Central e nas ilhas do Caribe há grandes plantações de café, banana, cana-de-açúcar, cacau, tabaco, linho, soja, algodão e milho. As lavouras de produtos tropicais e de cereais também se estendem por vastas regiões do Brasil, Colômbia e Venezuela, enquanto a pecuária, principalmente bovina, ovina e eqüina, atingiu grande desenvolvimento nos campos do Brasil, Argentina, Venezuela, Colômbia, Chile e Uruguai. As colheitas de cereais do sul do Brasil e da Argentina encontram-se entre as mais importantes do mundo.
O continente americano é excepcionalmente rico em fontes de energia e recursos minerais. O enorme potencial hidrelétrico de seus rios é explorado de modo crescente na América do Norte e com menor intensidade na América do Sul, onde Brasil, Colômbia, Bolívia, Argentina, Paraguai e Chile começaram a aproveitar os importantes rios da região andina e das bacias da vertente atlântica. A América produz grande parte do petróleo mundial, principalmente nas reservas dos Estados Unidos e, em menor quantidade, no México, Venezuela, Colômbia, Argentina, Brasil, Peru e Equador. O gás natural, muito abundante, localiza-se sobretudo no Canadá, Estados Unidos, México, Venezuela, Peru e Argentina. Além disso, há grandes jazidas de carvão mineral, principalmente hulha, nos Estados Unidos, e reservas secundárias no Canadá, México, Colômbia, Chile, Brasil e Argentina.
Os principais recursos minerais da América são zinco, extraído em numerosos centros produtores no Canadá, cobre, chumbo, ferro e estanho; os principais produtores são Estados Unidos, Canadá, México, Peru, Bolívia e Argentina. O México destaca-se por suas reservas de prata, o Brasil e o Peru por sua produção de ferro, o Chile pelo cobre e a Bolívia pelo estanho.
A abundância de matérias-primas e de recursos minerais e energéticos, aliada à demanda de um amplo mercado interno contribuíram para o intenso desenvolvimento industrial dos Estados Unidos. Todos os setores produtivos acham-se representados no país, com destaque para ferro, aço e as indústrias mecânica, química, eletrônica, têxtil, naval e de papel. As grandes empresas americanas, cujos centros fabris concentram-se principalmente no nordeste do país -- por isso mesmo a região mais industrializada e urbanizada do planeta -- estendem sua influência por todo o mundo ocidental, tanto pelo investimento de capitais, quanto pelo controle de mercados em âmbito internacional.
O Canadá ocupa o segundo lugar em desenvolvimento industrial no continente, com uma produção igualmente diversificada e de tecnologia avançada. Os países latino-americanos tentam competir com seus vizinhos setentrionais através da criação e do fomento de indústrias próprias, apesar de suas graves deficiências estruturais (comunicações precárias, grande dívida externa, escassez de capitais). Nesse grupo destacam-se o México (têxteis, papel, vidro, máquinas), a Venezuela, a Argentina, o Chile e, sobretudo, o Brasil (siderurgia e manufaturas). Nos demais países, onde a industrialização é bastante reduzida, a economia baseia-se fundamentalmente na atividade agropecuária ou na extração mineral.
História do Continente Americano
A América começou a ser povoada, segundo estimativas, entre 20.000 e 35.000 anos atrás (embora alguns pesquisadores proponham cinqüenta mil anos), quando a diminuição do nível dos oceanos -- provocada pela última glaciação -- possibilitou a comunicação terrestre entre a Ásia e o Novo Mundo através do estreito de Bering. A evolução cultural do homem pré-histórico americano acelerou-se entre 5000 e 4000 a.C., com o início de um processo de revolução neolítica em alguns pontos do México, da América Central e do Peru. Por volta do ano 3000 a.C. já se haviam consolidado as técnicas agrícolas (irrigação, fertilização e cultivos em terraços), enquanto as artes da cerâmica e da confecção de tecidos alcançavam alto grau de perfeição. A crescente complexidade da organização social e econômica propiciou a formação de centros urbanos dotados de poder político centralizado. Desse modo, entre 1500 e 1200 a.C. começaram a suceder-se várias civilizações no vale do México, na América Central e na cordilheira dos Andes.
No México desenvolveram-se as culturas olmeca (1150-800 a.C.), de Teotihuacan (400 a.C.-650 da era cristã), tolteca (séculos X a XII) e asteca (séculos XIV a XVI). A civilização maia evoluiu a partir de 500 a.C. no sul do México, Yucatán, Guatemala e El Salvador, com distintas etapas culturais, cujo apogeu situou-se entre o século III a.C. e o início do século X da era cristã. Na região andina floresceram as culturas de Chavín e Paracas (1000-200 a.C.), Nazca e Moche (400-200 a.C.), Tiahuanaco e Huari (600-800 da era cristã), Chimú (séculos XIV e XV) e o império inca (séculos XV e XVI).
No resto do continente os diversos povos ameríndios permaneceram em estágios culturais bastante atrasados. As atividades de caça e coleta subsistiram em muitas regiões até o descobrimento; mas algumas formas incipientes de agricultura já haviam começado a desenvolver-se, especialmente nas zonas próximas às grandes civilizações.
As civilizações americanas conheceram o calendário, as formas pictográfica e ideográfica de escrita e atingiram alto nível de perfeição nas artes da arquitetura, da escultura e da cerâmica. Não chegaram, porém a desenvolver a metalurgia do ferro nem alcançaram importantes inventos e técnicas como a roda, a roda de oleiro, o arco e a abóbada (na arquitetura) e o vidro.
A chegada de Cristóvão Colombo representou o descobrimento de um imenso território até então desconhecido para os habitantes do Velho Mundo. Os espanhóis, "proprietários", juntamente com os portugueses, das terras recém-descobertas, empreenderam a conquista das zonas civilizadas do México e do Peru (Hernán Cortés e Francisco Pizarro, respectivamente), e iniciaram a colonização de toda a América Central, das grandes Antilhas, Venezuela, Colômbia, cordilheira dos Andes e rio da Prata. A introdução do cristianismo e da língua castelhana, e a fusão e assimilação das civilizações indígenas com a cultura hispânica foram a contrapartida dos abusos e da exploração a que foram submetidos os índios americanos. Os portugueses, que chegaram ao Novo Mundo em 1500, com a expedição de Pedro Álvares Cabral, estabeleceram seu domínio colonial nas costas do Brasil, território que lhes cabia pelo Tratado de Tordesilhas.
A partir do século XVII, os Países Baixos, a França e a Inglaterra começaram a introduzir-se na América, atacando as frotas espanholas carregadas de prata e fundando colônias nos territórios ocupados por espanhóis e portugueses. Os holandeses contentaram-se com a posse de alguns encraves de grande valor econômico e estratégico na Guiana e nas pequenas Antilhas, enquanto França e Inglaterra iniciavam um período de confrontos para obter o controle dos territórios norte-americanos. Finalmente, a superioridade militar e o maior número de colonos determinaram a hegemonia britânica sobre a América do Norte. A colonização, realizada em sua maior parte por calvinistas e protestantes radicais, caracterizou-se pela violência sistemática contra os índios, que foram expulsos de suas terras e exterminados em amplas áreas, à medida que os colonos avançavam para o oeste.
Os interesses dos habitantes das 13 colônias norte-americanas entraram em conflito aberto com os da metrópole a partir de 1765, quando o governo britânico impôs um pesado imposto sobre documentos jurídicos, periódicos e transações comerciais. Em 1773 o motim do chá, em Boston, significou o início da guerra, formalmente declarada dois anos depois. Em 4 de julho de 1776 o Congresso de Filadélfia proclamou a Declaração de Independência dos Estados Unidos, inspirada nas idéias liberais de John Locke e Montesquieu; nela se formulavam pela primeira vez os direitos do homem. A guerra terminou em 1783 com o reconhecimento, pelo governo britânico, da independência do novo país; quatro anos depois foi promulgada a constituição americana, que estabelecia a divisão de poderes e assegurava o funcionamento de um sistema político baseado na participação dos cidadãos.
Nos vice-reinos espanhóis, a elite dirigente era constituída por peninsulares, isto é, pessoas nascidas na Espanha. Os crioulos (descendentes dos conquistadores e dos primeiros colonizadores), imbuídos de idéias liberais, sentiram-se insatisfeitos com o caráter limitado das reformas levadas a efeito por Carlos III nas colônias espanholas e vislumbraram na independência americana e, pouco depois, na revolução francesa, um exemplo a ser imitado nos vice-reinos. A invasão francesa da península ibérica precipitou os acontecimentos. As juntas dos vice-reinos, criadas para administrar o território americano até a restauração da coroa espanhola, converteram-se em focos revolucionários e independentistas. A guerra civil entre "patriotas" (independentistas) e "legalistas" (partidários da unidade com a Espanha) recrudesceu após a volta de Fernando VII ao trono, mas finalmente os patriotas, comandados por generais como Simón Bolívar e José de San Martín, conseguiram alcançar o objetivo de separar-se da Espanha, embora não o de manter a unidade da América hispânica.
O Brasil também obteve a independência em 1822, mas, ao contrário dos demais países americanos, a forma de governo adotada foi a monarquia, que se manteve até 1889.
Ao longo do século XIX os Estados Unidos lançaram-se à conquista do oeste, incorporando novos estados, tanto pela compra ou cessão (territórios franceses e espanhóis do centro e do sudeste da América do Norte), quanto pela conquista (Texas, Novo México e Califórnia), ou pela ocupação efetiva (o far west, ou oeste distante). O regime político americano, resultado da contemporização entre os grandes comerciantes protecionistas do norte e os latifundiários livre-cambistas do sul, passou por um período de crise entre 1861 e 1865, quando os estados do sul, descontentes com a política antiescravista do presidente Abraham Lincoln, tentaram separar-se da união. Após a derrota dos sulistas, os Estados Unidos experimentaram intenso desenvolvimento industrial.
Depois da primeira guerra mundial, em que a intervenção americana teve papel decisivo, os Estados Unidos converteram-se na maior potência econômica do mundo. O fim da segunda guerra mundial marcou o início de um novo período nas relações internacionais, o da chamada "guerra fria". Marcado pela rivalidade com o bloco socialista e pela influência política e econômica dos Estados Unidos na maior parte do mundo ocidental e dos países em desenvolvimento, essa situação perdurou até a desintegração do bloco socialista e o fim da União Soviética, no início da década de 1990.
Ao contrário do que sucedeu nos Estados Unidos, a evolução histórica da América Latina durante os séculos XIX e XX caracterizou-se pela fragmentação e rivalidade entre os diversos países, por uma escassa evolução e pela instabilidade política, consubstanciada numa sucessão de golpes de estado, ditaduras e revoluções.
Após uma primeira fase de domínio comercial e financeiro, os Estados Unidos procuraram impor maior presença no Continente Americano (a política do big stick, entre 1895 e 1918), que posteriormente se ampliaria com o controle dos organismos de cooperação pan-americana (Organização dos Estados Americanos, Organização dos Estados Centro-Americanos, Aliança para o Progresso etc.). Na segunda metade do século XX, entretanto, registrou-se um crescente esforço das nações latino-americanas para assumir atitudes de independência ante os Estados Unidos.
Contact
Towermundial.org
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|